Cegonha

Cegonha

sexta-feira, 9 de março de 2012

A Cirurgia

O primeiro médico de reprodução que consultamos disse que não conseguiríamos engravidar naturalmente e que teríamos duas opções: fazer uma fiv ou procurar um urologista para ver o que poderia estar alterando o exame do meu marido. A última opção seria a mais demorada.

Optamos por procurar o urologista, que nos disse que ele tinha uma grande varicocele e que provavelmente após 3 meses de cirurgia, conseguiríamos engravidar naturalmente. E no dia 09/03/2012 meu marido operou da varicocele. 3 meses depois refez o espermograma (porque os espermatozoides novos demoram três meses para serem produzidos). O Kruger não aumentou muito, mas melhor a quantidade e a morfologia (quase todos estavam imóveis e não tínhamos nada que estivesse na letra “A”, que é o melhor – móveis e rápidos).

Passado um ano da cirurgia, quando a gravidez já deveria ter ocorrido, resolvemos procurar um outro médico de reprodução, indicado por uma amiga em comum. Ele era da Huntington.  Eu fiz o anti-mulleriano e o resultado deu péssimo: com 30 anos e 0,45 no Delboni e 0,90 na RDO. O médico da Huntington, porém, disse que estava tudo bem e que o problema era com o espermograma do meu marido. Poderíamos então começar com a inseminação artificial. Eu sempre quis fazer a FIV direto, pois tinha mais chance. Queria evitar sofrimento e engravidar logo... mas todos (meu marido, família, médico) acharam melhor começar com o tratamento menos invasivo, que seria melhor para mim.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Como tudo começou

Meu nome é Patrícia, tenho 32 anos e tento engravidar há 3 anos. Como quase toda mulher, sempre tive o sonho de ter filhos. A meta mais importante da minha vida sempre foi engravidar.

E sempre foi tudo muito certinho comigo: nunca tive atraso menstrual, nunca tive qualquer problema ginecológico, nunca fiz nenhuma cirurgia, nunca usei drogas ou bebida alcóolica etc. Achava que quando eu quisesse conseguiria engravidar.

Então, um ano e sete meses depois de casada, em uma viagem maravilhosa de comemoração atrasada de um ano de casamento, eu e meu marido resolvemos ter nossos filhos. E passou o primeiro mês e... não engravidei!  Tudo bem, quem engravida de primeira né? Segundo mês e... não engravidei.

Como achava que seria rápido, pois não tinha nenhum problema e, depois de meu marido falar que os pais deles tiveram que tomar um remedinho para engravidar, decidi que após o terceiro mês de tentativa conversaríamos com um ginecologista especializado em reprodução. E foi o que fizemos.

O médico disse que só se inicia tratamento para engravidar após um ano de tentativas, mas que poderíamos fazer alguns exames masculinos, que eram fáceis e não invasivos, para adiantar.

Meu marido fez seu primeiro espermograma: deu bem alterado tanto com relação à quantidade quanto com relação ao kruger. O médico mandou repetir novamente o exame no mês seguinte. Entretanto, nesse intervalo, tive um pequeno atraso menstrual. Como nunca atrasava e estava tentando engravidar, fiz o teste (fiz o beta) e deu positivo.

Ficamos felizes e enviamos o exame ao médico que mandou repetir o exame dois dias após.

Repetimos o exame de sangue para confirmar a gravidez e o beta não aumentou, pelo contrário, começou a diminuir. Ficamos arrasados. Tivemos uma gravidez bioquímica. Ficamos arrasados...